quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Anatomia da novidade



Na cabeça, a enxaqueca que arde. Aquela que faz a gente acordar no meio da noite e questionar os anjos, demônios e toda a galera superior ou inferior que há no mundo para saber que diabos (ou deuses) eles querem. Talvez seja por conta das pernas, que andam rápido demais... A velocidade deixa a gente assim, tonto por qualquer coisinha – bom, a velocidade não é uma coisinha qualquer. Assim como a novidade.
Ela brilha. Brilha tanto que cega a gente. É cega. Dizem que nem tem olhos; será que é por isso que esbarra em nós e nem pede desculpas? A boca vive aberta; é a surpresa. A pele vive suada; é a ansiedade. O nariz vive grande; quem quiser que jogue Pinóquio na roda.
Em seus braços, músculos trêmulos de desespero, aquele que carrega a gente para lugares que nem conhecemos, mas que devem apenas ser seguros. As mãos vivem geladas; suor de nervoso.
No coração, a áurea da renovação, ah, a estonteante renovação; acorde diferente a cada dia, a cada hora, a cada segundo, não durma, por isso não acorde, permaneça acordada até... Até esquecerem o até. E mesmo depois que isso acontecer, não pare.
No estômago, a ânsia de vômito; necessidade vibrando. Má alimentação. Muita energia gasta para nada.
               Na alma, um vazio de dar pena, doido pra virar saco cheio.
               E ainda dizem que as bactérias são seres inferiores a nós. 

 (Tumblr)

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