Quando
você pede para que dê tudo certo, mesmo que o certo seja aquilo que você nem
imagina.
Quando
você ouve exatamente aquilo que sempre sonhou ouvir, e que faz seus tímpanos se
sentirem num filme romântico com final feliz... Ou quando ouve o que não
quer, mas o que precisa ouvir – mesmo que o clima de romance dê lugar ao
terror.
Quando
tudo que você precisa dizer é dito sem palavras, ou melhor, nem precisa ser
dito; parece ser ouvido de qualquer lugar do universo. E quando você ouve o que nunca
pensou ouvir e, sem saber, poupa a saliva alheia.
Quando
você pensa em alguém e – PLUFT! Eis que a pessoa aparece assim, do nada, sem
que você mande um torpedo, um míssil ou o que for. E quando você aparece para
alguém que já não aguenta mais pensar em você, e de repente sente que a
sintonia de vocês é tão forte que prega peças na gente.
Quando
você quer começar um novo parágrafo, e do nada surge um ponto final. Ou quando
tudo que você quer é um ponto continuativo... E eis que aparece na sua folha um
ponto e vírgula.
Quando
você deseja algo tão forte que acontece. E tudo que você deseja é nunca ter
desejado aquilo... E só o tempo conserta. Pelo menos é alguma coisa.
Quando
todos os quandos perdem o sentido, e tudo que nos resta é uma incerteza falsa,
um golpe na realidade, “inception”, o desconhecido, o indefinível...
Uma
pena essa tal de telepatia ser tão abstrata. Se ao menos a concretizassem, não
precisaríamos pular tantos muros e janelas, dirigir tantos quilômetros, imaginar
tanto.
(Ouça Something about us, Daft Punk)
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