Me joguei no
mar
Sou mais forte
que o ar
Minha jangada
é de pedra
Minha tacada é
incerta
Minha alma
riscou o chão
e separou o
sol do céu
Virei
peixe-palhaço
que anima
festa e fica um bagaço
Deixei de ser
cruzeiro
agora sou real
sou barco de
pesca
batizado por
algum ancestral
Deixei de ser
pó de estrela
Agora sou gota
d’água
Mato a sede na
saliva
e arremesso a
cusparada
Meu coração em
disparada
pede pra parar
mas nem ouço
Seu moço, eu
só sei pensar
Virei
anêmona-do-mar.
(Ouça Maresia, Adriana Calcanhotto)
(Tan Lines by Rachel Maves)
Nenhum comentário:
Postar um comentário