Se eu contasse nos
dedos
teus sorrisos perfeitos
não haveria dedos
a serem contados
Pois teus sorrisos são
tortos
desenhados, tremidos
mas tão reais e
destemidos
que me fazem amar teus
lábios
A teimosia dos nervos
A combinação dos dentes
Não sei se já lhe foi
dito
mas ah! – Como teu
sorriso é indecente!
Desconheço mundos
diferentes
assim como regras,
convenções, patentes
Desde que abristes a
boca
ah, tu me hipnotizaste;
é como se tirasses a
roupa!
Se puder, faça-me um
favor:
assassine meus dilemas
Encerre este poema
colando teu sorriso no
meu
Me ensina a sorrir
também.
*Este poema foi um dos finalistas do primeiro concurso de poesias da Casa de España, clube importante aqui no Rio de Janeiro. A maior vitória foi subir no palco e conseguir declamá-lo pra uma plateia maravilhosa. Compartilho meu "troféu" com vocês no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=lKSgnCKjY68
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