sábado, 21 de fevereiro de 2015

Os melhores filmes do (meu) mundo

               Lá vem mais um domingo de fevereiro com tapete vermelho, vestido “excêntrico” e discurso emocionado - não posso me esquecer dos comentários dispensáveis dos jornalistas de plantão e da tradução irritante que faz a gente querer se enfiar no primeiro cursinho de inglês que aparecer. Os melhores filmes (não sei pra quem) serão premiados, assim como atores, atrizes, parará, piriri, pororó, pão duro, CADÊ O OSCAR DE CENTRAL DO BRASIL QUE TAVA AQUI?
               Não, não pretendo falar sobre todos os filmes indicados ao Oscar esse ano – mesmo depois da minimaratona que fiz esse ano, não sou capaz de tamanha tortura. Mas sim, tenho meus favoritos (apesar de estarem longe de serem os melhores filmes do mundo). Boyhood, por exemplo, tem um conceito muito interessante, e seus atores coadjuvantes brilham demais; ok, é legal, é lindo, adorei, mas não veria de novo, desculpa. O Grande Hotel Budapeste é outro que tem tudo pra ganhar, inclusive o nosso amigo Voldemort fazendo um maravilhoso comedor de velhinhas. Meio cansativo, eu achei... Mas tem um roteiro bacaninha. E o que dizer de Para Sempre Alice, que pode premiar a Ju Moore, mais conhecida como a protagonista do meu filme favorito (falarei sobre ele daqui a pouco)? Triste, muito triste. Não gosto de filme que me faz chorar. Bem como Livre (ou Wild, título original), com a Legalmente Loira dando um show de interpretação. Mas também me fez chorar... Faz isso comigo não.
               A verdade é que o Oscar se tornou uma forma meio tosca de premiar filmes através de aspectos técnicos que ninguém nunca será capaz de compreender – nem mesmo Rubens Ewald Filho. Por isso, criei meu próprio Oscar baseado nos filmes que amo, e avisa pro DiCaprio que aqui tem mais de um vencedor!
               Uma pena eu não ter gostado de nenhum filme com o DiCaprio até aqui. NEM MESMO TITANIC.
               Bom, vamos lá.
               Começo citando meu primeiro filme favorito – aquele protagonizado pela Moore. Eu assistia Nove Meses quando ainda era uma pirralha que brincava de falar sozinha e dava boa noite pra foto do Gianechini na minha cabeceira. Mas gente, tem como não gostar de um filme com o Hugh Grant fazendo papel de idiota (porém lindo)? Aliás, anota aí: minha queda por homens com cara de bobo/idiota/não faz nada é culpa do Hugh Grant. Anotou? Ótimo. Inclusive, vale ressaltar que a única probabilidade de eu querer ser mãe é chegar ao trinta e, numa tarde descontraída e sem nada pra fazer, assistir esse filme. E voltando a citar o Hugh, anote Quatro Casamentos E Um Funeral também. Ô filme perfeito!
               10 Coisas Que Eu Odeio Em Você – já deu pra ver que sou fã de clássicos da sessão da tarde, menos Clube dos Cinco que ninguém merece esse filme insuportável. Heath Ledger, eu gostaria de te dizer que você é lindo demais, e eu fico muito puta quando me lembro que você morreu. Com certeza a melhor versão para um clássico de Shakespeare – claro, depois da minha representação de Macbeth na faculdade.
               De Volta Para O Futuro é o tipo de filme que eu posso ver um milhão de vezes seguidas que nunca, nunca enjoarei. Primeiro que a cena do McFly tocando aquela guitarra no primeiro filme é uma das coisas mais vivas e incríveis que já vi em um filme. E como não amar uma história tão bem bolada com Huey Lewis and the News na trilha sonora? A trilogia mais maravilhosa da face da Terra!
               Um Morto Muito Louco – todas as reverências ao filme mais engraçado, divertido e ~você não pode perder as loucuras dessa galera atrapalhada~ ever. Quem não queria ser o Bernie que, mesmo morto, se diverte mais do que muita gente em vida (em todos os sentidos)? E aquela macumbinha que ressuscitou o sujeito? Gente, desculpa, mas quem é o Oscar na fila do pão, certo?
               Ah, para não dizer que não gosto de filmes românticos, jogue aí Meia-Noite Em Paris. Woody Allen não é bobo, meus amigos. Tem outro dele que eu amo de paixão: Blue Jasmine. Mas esse ganhou o Oscar, não vale.
               Mamãe É De Morte o filme mais delicioso que já vi. Eu daria todos os louros para a Kathleen Turner. Ter uma mãe como essa é um sonho! Ou um pesadelo? Eu não sei, mas desde que vi esse filme, passei a separar o meu lixo morrendo de medo de ser esfaqueada por aí – mentira.
               Ah, e pra terminar (apesar de ter muitos outros filmes na minha lista), fico com um cláaaaassico dos anos 2000 e da geração I Believe I Can Fly: se você pensou em Top Gun, peeeeeeeem. Amo Tom Cruise e amo Missão Impossível, mas estou falando de O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, a francesinha mais linda do mundo – e que num outro filme resolveu me homenagear e fazer uma Nathalie. Amélie Poulain é a musa da generosidade, do amor e da justiça. Uma heroína que tinha tudo pra ser chata, mas é tão encantadora com aquela valsinha ao fundo que eu até faço “owwwww”.
               Bom, já ia me esquecendo do meu filme de terror favorito, aquele que só de pensar eu me arrepio toda. Polthergeist, meus amigos. Precisa dizer mais alguma coisa? Portanto, termino essa conversa colocando minha televisão pra fora do quarto.
               Não são os trezentos prêmios que importam, nem mesmo a interpretação brilhante, a quantidade de aplausos do bonequinho ou a habitual rasgação de seda do The New York Times. O que importa é se ficou na memória de quem viu, se provocou alegria, tristeza, reflexão, enfim, qualquer coisa que não seja raiva pelo tempo perdido.
               And the Oscar goes to... Ah, pra qualquer um, que se dane.

               Menos pro DiCaprio. Hehe. 

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