segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Confete

Mil cores num enredo
que eu me perco ao tentar desvendar
Desbravar
Mares que não conheço 
Luzes que não enxergo
Bundas que não invejo
e a noite se pinta
tão colorida
me causando alergia
me perdendo de vista
Estou perto da lua 
- não, é um carro alegórico
Um som meteórico
estala em meu ouvido
Ensurdecendo meus sentidos
Cegando meus neurônios
que se vestem de reis-momos
nessa minha avenida particular 
Eu não sou daqui, repito
Sou estrangeiro nesse país de gringos
Eu só vim dizer
Que meu samba é surdo
Que meu amor é mudo
Que meu juízo já está em cinzas
antes mesmo de dezembro chegar.

Samba na cabeça
Terremoto no pé
E um punhado de fé
No dia que virá
Essa é a vida, eu vos digo
Um tanto sem ritmo
num mar de tamborins 
e cavaquinhos a afinar.

(Ouça infinito particular, Marisa Monte)


(Tumblr) 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário