Já
que dar opinião tá na moda (ainda bem), resolvi dar a minha também. Não sobre
política; sempre gostei desse assunto, mas se apreciássemos com maior
moderação, eu não estaria tão cansada de ouvir falar sobre isso – quantas opiniões
eu já dei ao longo desse parágrafo? Duas? Três? Já perdi a conta. Isso que é
bom em ter blog pessoal.
Eu
pensei em falar sobre música, mas é que as músicas que eu ouço, bom, poucas
pessoas ouvem. Não que sejam ruins. Também não se trata de um estilo alternativo – pra mim, chamar alguém de
alternativo é o mesmo que chamar um gordo de fofinho. Simplesmente eu sou a
única pessoa entre as que conheço que gosta das músicas que ouço. Se é que eu
realmente me conheço.
Então
decidi falar sobre livros, e se você não lê os que eu leio... Como eu já disse,
esse é blog pessoal. E essa é uma conversa ensaiada. Portanto, nunca existiu.
;)
Ainda
não terminei de ler o livro que será o tema dessa suposta conversa. Ah, sim, o
fim me interessa muito. Mas aconteça o que acontecer, eu não me decepcionarei: a história é tão boa que compensa todos os outros elementos que possam vir a
derrubá-la.
Antes
dele, eu havia começado “O pacto Cassandra”, de Robert Ludlum. Baixei por
baixar, li por ler, e o começo parecia bem legal... Até chegar a hora em que eu
tinha que fazer uma lista com os nomes dos personagens e o que cada um fazia na
história. Acho que não cheguei à metade.
Aí
comecei “A estrada da noite”, Joe Hill. Eu gosto de ler títulos que nunca ouvi
antes, essa coisa do desconhecido me fascina. E sempre tive grande curiosidade
em ler histórias de terror – aprendi a gostar de filmes do gênero. De repente,
eu estava lendo um terror de verdade. Desses que você precisa imaginar a
história, o susto, o medo. Não está pronto para você embarcar; você precisa
criar cenários, rostos, vozes, ações, reações, tudo isso seguindo linha por linha,
sem parar. Ah, sim, o susto é muito maior quando você está numa sala de cinema
e vê um monstro, espírito, sei lá o que se manifestar. Mas quando você lê acaba
entrando na história. E quando entra na história, o susto não é o problema, é
só mais uma reação do personagem Você (isso me lembra “Se um viajante numa
noite de inverno”, depois falo sobre ele). O problema é que você não quer sair
da história.
Um
roqueiro cinquentão (primeiro eu imaginei o Ozzy, mas depois pensei bem e...
Não, tem que ser alguém mais bonito, vamos lá, um John Cusack? A imaginação é
minha, com licença), rico, reservado e viciado em objetos “macabros” se vê numa
enrascada quando compra um terno amaldiçoado. Se essa descrição ficou muito “sessão
da tarde”, mil perdões. Judy pensa que o terno é só mais um objeto para sua
coleção de coisas assustadoras. Até descobrir que a peça pertencia ao padrasto
de uma ex-namorada que se suicidou após o término do namoro. Detalhe: o sujeito
morreu. O resto você já pode imaginar.
As
frustrações do protagonista, seus problemas de relacionamento, sua história com
Geórgia, aparentemente mais uma de suas namoradas góticas que acaba
compartilhando muito mais que a cama com o músico... Os personagens são
apaixonantes. A história, meio batida para alguns, às vezes é coadjuvante perto
da riqueza de Judy, Geórgia, Flórida, o fantasma do padrasto... Até os
cachorros do roqueiro envolvem o leitor. Como já disse, ainda não acabei de
ler. E não sei se quero que acabe. Por mim, essa estrada seria infinita, mas o
futuro da história depende do leitor.
Para
quem não sabe, Joe Hill é filho de Stephen King – aí você percebe que a coisa
vem de berço. O livro foi lançado aqui no Brasil em 2007 pela Arqueiro. E não,
eu não comprei. Baixei de graça, não nego. Compro quando tiver dinheiro e uma
biblioteca cheia de estantes para guardar.
Ah,
e não darei estrelas, pois não sou professora. Nem ginasta.
Nem
engraçada.
(Ouça The Jack, ACDC)
(Judas Coyne, segundo o Google)
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